domingo, 17 de maio de 2009

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Eu moro onde o convencional faz acurva,
Onde o erudito se rende ao experimental,
Na minha casa não tem paredes brancas
E nem um cachorro pra me acordar nas madrugadas
Com raiva de um gato que passeia sobre os muros
E nunca olha pras estrelas infinitas e distantes do nosso toque,
Tenho como passaporte a licença poética
Pra caminhar por um cometa sem fronteiras,
E quando com fome troco poesias impressa em papel,
Por arroz branco, feijão preto e couve verde num prato transparente,
Só mesmo a cultura pra salvar toda essa gente,
Formando seres que enxergam alem dos olhos
E o idioma universal predominante será a poesia.